quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Tribos Indígenas Brasileiras


Apiaká

Nomes alternativos: Apiacá
Classificação lingüística: Tupi-guarani
População: 192 (Funasa - 2001)
Local: Amazonas, Mato Grosso, Pará
Os Apiaká vivem no norte do Estado de Mato Grosso. Encontram-se dispersos ao longo dos grandes cursos fluviais Arinos, Juruena e Teles Pires. Parte deles reside em cidades como Juara, Porto dos Gaúchos, Belém e Cuiabá. Tem-se notícia também da existência de um grupo arredio. A maior parte de sua população encontra-se aldeada na Terra Indígena Apiaká-Kayabí, cortada pelo rio dos Peixes. Os Apiaká vivem na margem direita do rio e os Kayabí, na margem esquerda. Os Apiaká eram um povo numeroso, constituindo uma aldeia de até 1.500 pessoas, além de outras também populosas.
Os Apiaká constituem uma sociedade igualitária, em que os homens mais idosos exercem liderança sobre os demais.
O seu cotidiano é sustentado, de modo comum, pela combinação de peixe e/ou carne de caça, cozida ou assada, ingerida com farinha de mandioca puba (tipo cascalho). A obtenção, transformação e preparos desses ingredientes oscilam entre formas simples (assado a fogo rápido ou cozido em água e sal) e elaboradas (assado lentamente, em moquém, transformado em farinha; ou cozido ao leite de castanha-do-pará, acrescido de temperos diversos). O quebra-jejum pode consistir num mingau de cará, de banana (da terra) cozida e triturada, cozidos em água ou ao leite de castanha.
A castanha-do-pará, fruta abundante em sua terra, é ingrediente de receitas sofisticadas e festivas. Além de ser utilizada na obtenção de seu "leite', integra uma espécie de "bolo", confeccionado com massa de mandioca, assado envolto em folhas de pacova.
Os Apiaká tradicionalmente acreditavam num deus criador do céu e da terra que expressava sua fúria pelos trovões. Os gêmeos, heróis culturais, se encontram hoje na Via-Láctea, em forma de animais, que distinguem numa mancha escura, próxima ao Cruzeiro do Sul. Atualmente, é difícil avaliar o quanto mantêm de suas crenças tradicionais, o quanto acreditam em formas de religiosidade popular e o quanto são católicos.
Antigamente praticavam a dança, ao som de flautas (trombetas) de bambu, tocadas pelos homens. Formavam dois círculos concêntricos: os homens o interno e as mulheres, o externo. Hoje não mais praticam tal cerimônia; adotaram as datas festivas do calendário nacional.




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